A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desvendou, nesta terça-feira (16), um esquema de desmanche ilegal de veículos associado à lavagem de dinheiro em Juiz de Fora. A operação é um desdobramento da Cymprium e atingiu dois pontos estratégicos: um ferro-velho no bairro Borboleta e um galpão no bairro Marilândia, ambos ligados ao principal investigado.
Operação desarticulou desmanche ilegal e lavagem de dinheiro
Durante as buscas, foram apreendidas centenas de peças automotivas de origem ilícita, além de veículos e carcaças que confirmam a atividade criminosa. De acordo com a PCMG, parte dos automóveis em processo de desmanche vinha de leilões, enquanto outros apresentavam dívidas de financiamento, impedimentos judiciais ou débitos de impostos. O local foi interditado e três funcionários foram levados à delegacia para depoimento, sendo liberados em seguida.
As investigações começaram após a prisão de um homem de 29 anos, no último dia 3 de setembro, quando foi apreendida 1,5 tonelada de cobre furtado. Segundo a polícia, o suspeito ostentava viagens e carros de luxo nas redes sociais e movimentou mais de R$ 3 milhões em apenas dois meses deste ano. Parte do dinheiro era usada para comprar veículos de leilão, que eram desmontados e revendidos clandestinamente.
O investigado já está preso e poderá responder por exercício irregular da profissão, adulteração de sinal identificador, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, associação criminosa e furto.
O delegado Márcio Rocha destacou que o foco da operação é enfraquecer financeiramente o grupo:
“Ao desarticularmos esse tipo de atividade, cortamos a fonte de lucro que fomenta furtos e roubos de fios de cobre e outros crimes patrimoniais em nossa região”.
As apurações continuam para identificar outros envolvidos e dimensionar o alcance da atuação criminosa em Juiz de Fora e cidades vizinhas.