A fumaça branca subiu no fim da manhã desta quinta-feira (9) e, com ela, a notícia que muitos fiéis aguardavam: a Igreja Católica tem um novo papa. O escolhido foi o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que adotou o nome de Papa Leão XIV. O anúncio foi feito da sacada da Basílica de São Pedro, após o tradicional “Habemus Papam”, pronunciado pelo cardeal francês Dominique Mamberti.
Em Juiz de Fora, o momento também foi celebrado de forma simbólica e tocante: os sinos da Catedral Metropolitana badalaram por cerca de dez minutos, exatamente no instante em que a fumaça branca apareceu no alto da Capela Sistina. Um gesto que conectou, mesmo à distância, os fiéis juiz-foranos com o coração da Igreja em Roma.
Eleição que definiu novo papa
A eleição do novo papa ocorreu no segundo dia de conclave, reunindo 133 cardeais do mundo inteiro, que desde a última quarta-feira estavam isolados no Vaticano. O processo veio após a morte do papa Francisco, no último dia 21 de abril, vítima de um AVC e insuficiência cardíaca. Francisco ocupou o papado por 12 anos e ficou marcado por reformas históricas e pela tentativa de aproximar a Igreja do povo — especialmente dos mais vulneráveis.
A escolha de Leão XIV segue uma linha de continuidade, mas também marca o início de um novo ciclo. Com 68 anos, o novo papa terá como missão lidar com os desafios atuais da Igreja Católica, incluindo a queda no número de fiéis, o avanço de outras religiões e as tensões internas no Vaticano.
Na Praça São Pedro, cerca de 45 mil pessoas acompanharam a decisão. Muitos se emocionaram ao ver a fumaça branca subir, sinal de que os cardeais haviam chegado a um consenso. Houve abraços, cantos e orações — uma cena que se repetiu em várias partes do mundo, inclusive aqui em Juiz de Fora.
Agora, com o fim do período chamado de “Sé Vacante”, a Igreja entra em uma nova etapa. E os olhos dos católicos voltam-se para o que virá com o papado de Leão XIV — entre esperança, expectativa e fé renovada.