O Ministério Público de Minas Gerais confirmou o arquivamento do inquérito que investigava a morte do skatista Daniel Monstro, atingido após ser baleado por um militar do Exército em março de 2024, em Juiz de Fora. A decisão rejeitou o pedido de reabertura apresentado pela família e manteve o entendimento de que o militar agiu em legítima defesa, conforme as provas reunidas durante a investigação conduzida pela Polícia Civil.
Caso Daniel Monstro: Laudos confirmaram versão do militar
De acordo com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, os disparos ocorreram durante uma tentativa de proteger a própria vida e a da mãe de Daniel Monstro, em meio a uma agressão iniciada pelo skatista. Exames periciais e a reconstituição do caso apontaram compatibilidade entre os ferimentos e a narrativa apresentada pelo militar, que teria atirado apenas para conter o ataque.
O Ministério Público também informou que Daniel Monstro possuía histórico de comportamento violento e transtornos psiquiátricos, além de registros de agressão contra a mãe. O órgão ressaltou que, diante do conjunto de provas, não há fundamentos que sustentem uma denúncia, mas o caso poderá ser reaberto caso surjam novas evidências.
O advogado de defesa, Leandro Faria, afirmou que a decisão reforça a tese de legítima defesa apresentada ao longo do processo e destacou que o resultado confirma a seriedade do trabalho da Justiça.
Com a decisão, o arquivamento do caso se torna definitivo, encerrando um processo que gerou grande repercussão em Juiz de Fora desde o início de 2024.
Maria Angélica é estagiária sob supervisão do editor-executivo do Folha JF, Andreson Narciso.