A conta de luz continua mais cara para os brasileiros. Desde junho, o sistema de bandeiras tarifárias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém a bandeira vermelha nos patamares 1 e 2, que representam os custos mais altos de geração.
O valor adicional varia de R$ 4,46 a R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, conforme o nível de cobrança. O reflexo já aparece nos índices de inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica residencial foi o principal destaque do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro. A alta de 10,31% nas tarifas respondeu por 0,41 ponto percentual do resultado total do indicador.
Baixo nível dos reservatórios mantém conta de luz elevada
De acordo com a Aneel, a permanência da bandeira vermelha está ligada ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que seguem abaixo da média e dificultam a geração de energia. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para informar o consumidor sobre as condições de produção e estimular o uso consciente. Quando há condições favoráveis, a bandeira é verde e não há cobrança extra. Em períodos de maior custo, o sinal muda para amarelo ou vermelho, com acréscimos proporcionais ao consumo.
Em 2025, o ano começou com bandeira verde de janeiro a abril, passou para amarela em maio e permanece vermelha desde junho. Agosto e setembro registraram o patamar 2, enquanto outubro segue no patamar 1. A Aneel deve divulgar na próxima sexta-feira (31) qual será a bandeira aplicada em novembro na conta de luz.
Maria Angélica é estagiária sob supervisão do editor-executivo do Folha JF, Anderson Narciso.