Dois meses e meio após um grave acidente envolvendo policial militar e filho, na Avenida Presidente Costa e Silva, no bairro São Pedro, em Juiz de Fora, o inquérito policial ainda não foi concluído. A colisão, registrada em 27 de março, envolveu um policial militar de 45 anos e seu filho, de 20. Ambos ficaram feridos e seguem com sequelas que os impedem de retomar a rotina. A suspeita é de que dois jovens, de 22 e 24 anos, estariam fazendo um racha no São Pedro no momento do acidente.
Veja o momento do acidente
Segundo o boletim de ocorrência, duas caminhonetes participavam da disputa em alta velocidade. Durante a perseguição policial, o condutor de uma Hilux cinza invadiu a contramão da Costa e Silva e colidiu frontalmente com a motocicleta do policial, que estava acompanhado do filho. Após o impacto, o motorista fugiu sem prestar socorro e abandonou o carro em um condomínio no bairro Teixeiras.
“O veículo foi deixado com munições e um copo de uísque com energético dentro”, detalha o registro da ocorrência.
O policial militar segue afastado das funções. Segundo o advogado das vítimas, Nelson Rezende Júnior, ele sofre com inchaço e dores constantes na perna, que o impedem de caminhar normalmente. Já o filho, estudante de educação física, não consegue participar das atividades práticas da faculdade por causa das lesões permanentes.
“Os laudos médicos foram entregues à Polícia Civil e encaminhados para a perícia. A expectativa é que novos exames sejam solicitados para apurar a extensão das sequelas deixadas pelo acidente. Isso é fundamental para que o motorista seja enquadrado no crime correto”, explicou o advogado.
Acidente envolvendo policial militar e filho segue em apuração, diz PC
A Polícia Civil informou que o caso segue em apuração pela 2ª Delegacia. O delegado responsável, Luciano Vidal, afirmou que o inquérito está “bem avançado” e já caminha para o curso final das investigações.
O motorista, que fugiu do local, ainda não se apresentou para colaborar com o tratamento das vítimas nem prestou esclarecimentos públicos. A reportagem também não conseguiu contato com a defesa dele até o fechamento desta matéria