O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o juiz-forano Robson Victor de Souza, de 49 anos, a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A decisão é definitiva e não cabe recurso.
A pena foi fixada em 12 anos e 6 meses de reclusão, além de 1 ano e 6 meses de detenção, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
De acordo com a sentença, além da pena de prisão, Robson foi condenado a pagar R$ 30 milhões em danos morais coletivos, valor que será dividido entre todos os réus deste processo relacionado aos ataques às sedes dos Três Poderes.
Robson Victor invadiu Palácio do Planalto
No processo, Robson admitiu ter viajado de Juiz de Fora para Brasília, onde permaneceu acampado em frente ao QG do Exército e, no dia 8, entrou no Palácio do Planalto. Porém, afirmou que foi “por curiosidade” e que “chorou ao ver a destruição”, negando envolvimento em danos ou organização de grupos.
Prisão iminente
Robson, que é natural de Juiz de Fora, deve ser preso nos próximos dias para início do cumprimento da pena. A defesa ainda vai tentar converter a prisão em domiciliar. O argumento da defesa é que Robson, em monitoramento por tornozeleira eletrônica desde julho de 2023, é o principal cuidador da filha Ana Beatriz, 25 anos, portadora de doença de Crohn, encefalopatia, colangite esclerosante primária e transplantada de fígado em 2019, que necessita de assistência 24 horas.