Em Juiz de Fora, o Projeto Integra, desenvolvido pela Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc) em parceria com o sistema prisional, iniciou uma nova frente de trabalho na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires: oficinas de crochê. A proposta, que por enquanto tem caráter de ocupação laboral, deverá futuramente ser apresentada para que também conte como atividade de remição de pena.
Durante os encontros, profissionais da Sesuc acompanham o processo de confecção e compartilham técnicas com as participantes. Segundo informações da pasta, a proposta vai além do aprendizado artesanal, o objetivo é oferecer novas perspectivas às mulheres privadas de liberdade e contribuir para o processo de reintegração social.
Oficinas de crochê ampliam oportunidades
Criado em 2022, o Integra leva ações socioculturais, educativas e de qualificação profissional a unidades prisionais da cidade. No último ano, o programa ofertou cursos de manutenção elétrica predial, operação de máquinas de costura industrial e capacitação em conduta e comunicação voltadas ao mercado de trabalho.
O projeto é resultado de um termo de cooperação técnica entre a Sesuc e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), com o objetivo de reduzir estigmas e facilitar a reinserção social. O acordo, renovado no dia 25 de setembro, terá validade de cinco anos.
A iniciativa busca criar condições para que as participantes possam reconstruir suas trajetórias com dignidade após o cumprimento da pena, reduzindo as chances de reincidência.
Maria Angélica é estagiária sob supervisão do editor-executivo do Folha JF, Anderson Narciso.