A Polícia Civil de Minas Gerais se manifestou nesta quinta-feira (27/03) contra a divulgação e o compartilhamento de imagens da necropsia de Sebastião Felipe, vítima de homicídio no último domingo (23), em Juiz de Fora. As fotos, extremamente sensíveis, circularam em grupos de WhatsApp, incluindo laudos que apontavam marcas de agressão e traumatismo craniano.
A PCMG esclareceu que a publicação dos documentos não ocorreu dentro da instituição e que já tomou todas as providências necessárias para resguardar o sigilo da investigação.
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A MORTE DE SEBASTIÃO FELIPE
- Caso Sebastião Felipe: PC pede ajuda na investigação
- Barbárie no Aeroporto: O que se sabe e o que falta descobrir sobre o caso que chocou Juiz de Fora
Necropsia de Sebastião Felipe era divulgada em grupos de WhatsApp
Os arquivos começaram a circular na noite de quarta-feira (26/03) em grupos de WhatsApp, expondo imagens detalhadas do laudo pericial. Em um dos grupos, que conta com mais de 400 membros, o administrador compartilhou o conteúdo e, horas depois, removeu as imagens.
“A pedido da família vou apagar o laudo da perícia. Coitados, já estão sofrendo muito. Vamos respeitar o sofrimento da família”, escreveu o responsável pelo grupo após o vazamento.
Vazamento da necropsia de Sebastião Felipe pode configurar crime, diz PC
A Polícia Civil reforçou que o compartilhamento de imagens de vítimas de crimes pode configurar vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal. A pena para esse crime pode chegar a três anos de reclusão.
“A Polícia Civil de Minas Gerais não coaduna com a divulgação e o compartilhamento de imagens de necropsia de vítimas. A instituição já verificou que a publicidade do laudo não ocorreu no âmbito da Polícia Civil. Ressaltamos que todas as providências necessárias foram tomadas para resguardar o necessário sigilo”, declarou a corporação em nota.