O governo de Minas Gerais cortou a verba destinada ao combustível das viaturas da Polícia Civil, e o impacto atinge diretamente o trabalho de investigação em Juiz de Fora e em todo o estado. De acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindepol-MG) o corte de combustível na Polícia Civil está fazendo com que policiais tenham que abastecer, por conta própria, as viaturas.
O Folha JF conversou com o presidente do Sindepol, Wemerson Oliveira, que explicou como funciona na prática o corte de combustível na Polícia Civil. “Para viaturas que têm compartimento para preso, está liberado até cinco abastecimentos por mês. Para viaturas descaracterizadas, apenas quatro mensais”, afirmou.
Além disso, um comunicado interno da corporação determina que as viaturas flex só podem ser abastecidas com álcool e em postos credenciados pelo governo. De acordo com Wemerson, isso tem dificultado as investigações, pois nem sempre há um posto conveniado próximo ao local das diligências.
“Durante uma investigação, não há posto conveniado no caminho, o que faz com que os policiais tenham que abastecer com o próprio dinheiro”, disse o presidente.
Corte de combustível na Polícia Civil chegou em Juiz de Fora
Conforme apuração do Folha JF, em Juiz de Fora já houve situações em que policiais precisaram pagar do próprio bolso para encher o tanque e dar continuidade às investigações.
Em resposta, a Polícia Civil de Minas Gerais, por meio de nota oficial, informou que “o abastecimento das viaturas ocorre de forma regular, de modo a garantir a qualidade e a eficiência da prestação dos serviços de polícia judiciária e investigativa em todo o estado, de forma ininterrupta”.
Sobre a determinação de que as viaturas flex abasteçam apenas com álcool, a Polícia Civil afirmou que a decisão atende à Secretaria de Planejamento e visa o respeito à política de preservação do meio ambiente.