Um dos cartões-postais mais icônicos de Juiz de Fora, o Cine Theatro Central completa 96 anos de história neste mês. Inaugurado em 1929, ele segue sendo o principal palco cultural da cidade — e também um dos mais belos e imponentes teatros do Brasil. Mas por trás da imponência, há detalhes curiosos que pouca gente conhece — e que ajudam a contar a grandiosidade desse patrimônio.
Separamos cinco curiosidades históricas que talvez você nunca tenha reparado (ou sequer soubesse). Olha só:
1. O Central nasceu onde antes existia outro teatro
Antes do majestoso prédio atual, havia ali o Theatro Polytheama, inaugurado no início do século 20. Foi exatamente no mesmo terreno, na avenida Rio Branco, que o Cine Theatro Central começou a ser erguido. A troca marcou não só uma mudança arquitetônica, mas um novo momento para as artes e espetáculos da cidade.
2. A construção do Cine Theatro Central quase foi interrompida por falta de dinheiro
Durante a construção do Central, o arquiteto Raphael Arcuri se empolgou tanto com o projeto que gastou mais do que o previsto. A obra quase parou — até que seu pai, Pantaleoni Arcuri, entrou na sociedade responsável pela construção e salvou o sonho. Literalmente, foi um projeto que envolveu emoção, arte… e uma ajudinha da família.
3. O Central nasceu de uma sociedade de visionários
A construção do Cine Theatro Central foi liderada pela Companhia Central de Diversões, formada por cinco nomes importantes da época: Francisco Campos Valadares, Químico Corrêa, Diogo Rocha, Gomes Nogueira e o já citado Pantaleoni Arcuri. Juntos, eles deram forma ao espaço que se tornaria um marco da cultura juiz-forana.
4. A pintura interna é uma verdadeira obra de arte
Quem entra no Central se encanta pelos detalhes — e boa parte deles foi criada pelo artista italiano Angelo Bigi. As pinturas remetem à Antiguidade Clássica, com cenas de ninfas, faunos e jardins românticos. E no teto, há retratos dos grandes mestres da música: Wagner, Verdi, Beethoven e Carlos Gomes. Um verdadeiro santuário da arte, do chão ao teto.
5. Desde 1994, o Central é da UFJF — e patrimônio tombado
Em 1994, o Cine Theatro Central foi comprado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com recursos do Ministério da Educação. No mesmo ano, o espaço foi tombado pelo Iphan, garantindo sua preservação como patrimônio cultural. Desde então, o Central passou a ter programação cultural diversificada e se consolidou como um dos teatros mais charmosos do país.
✨ Bônus: É possível visitar o interior do Cine Theatro Central gratuitamente e conhecer essas e outras histórias de perto. As visitas são guiadas, e você ainda pode conferir de perto as pinturas de Angelo Bigi.
Quer saber mais? Acompanhe o perfil oficial do Central no Instagram e fique por dentro das novidades, exposições e visitas. Porque se tem um lugar onde história, arte e emoção se encontram em Juiz de Fora, esse lugar é aqui.