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17/10/2025
Anderson Narciso
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Brasileira em estado vegetativo após mal súbito nos EUA deve voltar a Juiz de Fora

Marido de mulher em estado vegetativo nos EUA quer voltar com ela para Juiz de Fora; Veja como será trajeto.
Mulher estado vegetativo Juiz de Fora
Imagem: Divulgação.

Sem condições financeiras para custear um transporte aéreo especializado, o mineiro Ubiratan Rodrigues, de 41 anos, planeja trazer a esposa, Fabíola da Costa, de 32 anos, em estado vegetativo desde setembro de 2024, de volta ao Brasil em um motorhome adaptado. A viagem, que sairá da Flórida (EUA) em direção a Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, está prevista para começar no início de novembro e deve durar cerca de 50 dias.

Fabíola sofreu um mal súbito em casa, teve três paradas cardíacas e uma perfuração pulmonar durante as manobras de reanimação. A falta de oxigenação cerebral provocou danos severos, deixando a brasileira em estado vegetativo. Desde então, o marido, que deixou o trabalho como caminhoneiro, se dedica integralmente aos cuidados da esposa e dos três filhos — de 5, 14 e 17 anos.

Marido quer retornar com esposa para Juiz de Fora

Segundo Ubiratan, o transporte aéreo em UTI médica custaria entre US$ 50 mil e US$ 200 mil (equivalente a até R$ 1 milhão), valor impossível de ser arrecadado, mesmo com campanhas nas redes sociais. Por isso, ele decidiu investir em uma alternativa por terra, com um custo estimado de R$ 200 mil (cerca de US$ 40 mil), para comprar um veículo adaptado com cama fixa, oxigênio, suporte para traqueostomia e equipamentos médicos.

A adaptação é simples. O mais importante é ter estabilidade e espaço para ela viajar deitada, com o tronco inclinado. Nossa esperança está em voltar para Juiz de Fora e contar com o apoio da família e do SUS. Estamos esgotados emocional e financeiramente. Não dá mais para esperar”, desabafou Ubiratan.

A rota traçada pelo marido inclui passagens pelo México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador e Peru, com entrada no Brasil pelo Acre até o destino final em Minas Gerais. O trajeto, de mais de 6.800 km, foi planejado para evitar áreas de risco e regiões desérticas, priorizando locais com hospitais e postos de apoio.

O caso é acompanhado pelo Consulado-Geral do Brasil em Orlando, que oferece suporte psicológico e consular à família, mas não dispõe de recursos financeiros para o transporte médico. As doações arrecadadas até agora têm servido apenas para a manutenção da família nos Estados Unidos.

Segundo o órgão U.S. Customs and Border Protection, viagens internacionais por terra com pacientes e equipamentos médicos são autorizadas, desde que os viajantes cumpram as exigências legais e apresentem a documentação necessária.

Fabíola, natural de Juiz de Fora, vive nos Estados Unidos desde 2019. Apesar das sequelas, reage a estímulos, sente dor e chora, segundo o marido. A família espera que o retorno ao Brasil traga melhores condições de cuidado e apoio emocional. Para mais informações, acesse a página oficial do casal.

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