Na última quinta-feira (9), Minas Gerais recebeu do Ministério da Saúde 152 unidades do antídoto fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicações por metanol. Ao todo, o país adquiriu 2,5 mil ampolas do medicamento. A distribuição foi feita entre todos os estados e o Distrito Federal, conforme o tamanho da população, enquanto mil ampolas permaneceram em estoque para ações estratégicas do governo federal.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a compra foi realizada junto a uma subsidiária de uma empresa japonesa, apenas oito dias após o ministro Alexandre Padilha acionar o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O órgão destacou ainda que o Brasil já contava com o antídoto de etanol farmacêutico e que o fomepizol representa uma segunda opção de tratamento.
Diante dos casos recentes de intoxicação por metanol relacionados a bebidas adulteradas, o medicamento atua impedindo que a substância seja metabolizada em ácido fórmico, o que evita a acidose metabólica, uma complicação grave e potencialmente fatal. O Ministério reforçou que os estados poderão solicitar novos lotes do medicamento, caso haja necessidade.
Casos de intoxicação de metanol no Brasil
Na segunda-feira (13), o Ministério da Saúde divulgou a atualização mais recente sobre os casos de intoxicação por metanol no país. Até o momento, foram confirmadas 5 mortes em São Paulo. O número total de casos subiu para 32, sendo 28 em São Paulo, 3 no Paraná e 1 no Rio Grande do Sul.
Os casos em investigação somam 181 em todo o país. São Paulo concentra 100 suspeitas, seguido por Pernambuco (43), Espírito Santo (9), Rio Grande do Sul (6), Rio de Janeiro (5), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Goiás (3), Maranhão (2), Alagoas (2), Minas Gerais (1), Paraná (1) e Rondônia (1).
Maria Angélica é estagiária sob supervisão do editor-executivo do Folha JF, Andreson Narciso.