Nesta segunda-feira (16/06), o Conselho Deliberativo aprovou o empréstimo do Tupi junto à Magnitude Investimentos e Participações Ltda. O valor é de R$ 500 mil e será usado para a montagem e custeio do elenco que disputará a Segundona Mineira, que é a Terceira Divisão do Campeonato Mineiro.
O empréstimo do Tupi será na modalidade Debtor-in-Possession (DIP), que é um instrumento previsto na Lei de Recuperação Judicial (RJ). No entanto, para o dinheiro efetivamente cair no caixa do clube, será necessário a análise do administrador judicial e a autorização do juiz responsável pela Recuperação Judicial. Isso não tem prazo para ocorrer.
Empréstimo do Tupi será usado para custeio do elenco
Sem receita, com R$ 24 milhões em dívidas, tentando colocar em campo a Recuperação Judicial e com desejo de não paralisar o futebol, o Tupi tinha poucas possibilidades de conseguir recursos. A saída encontrada pela diretoria foi através do empréstimo junto à Magnitude.
“Mais do que um apoio financeiro, acreditamos que essa parceria representa uma oportunidade concreta de reestruturação e fortalecimento do Tupi. Temos confiança no projeto e no potencial do clube, e estamos comprometidos em contribuir para a sua retomada sustentável”, afirmou Fernando Guitti, sócio da empresa Magnitude.
Nos últimos meses, a Magnitude tem trabalhado junto com a diretoria do Tupi no processo de Recuperação Judicial. E é a favorita para assumir a futura Sociedade Anonima do Futebol (SAF) do alvinegro juiz-forano.
Recuperação Judicial do Tupi
Como o Folha JF tem noticiado desde o início, a Recuperação Judicial é a grande aposta da diretoria liderada pelo presidente Eloísio Siqueira, o Tiquinho, para reestruturar do Tupi.
No entanto, o processo de RJ tem sido um desafio interno. Sem prestação de contas desde 2001, o administrador judicial tem tido dificuldade em conseguir saber qual o débito total do Tupi e quais são os credores. Atualmente, a estimativa é que a dívida do clube seja de R$ 24 milhões. Mas, esse valor pode subir, ou diminuir.
Ao mesmo tempo que o clube tenta fechar a RJ, alguns credores e sócios têm tentando boicotar a Recuperação Judicial. Um exemplo é a ACTS, que protocolou 10 pedidos na Justiça para que a RJ fosse descontinuada. A empresa perdeu em todos os pedidos.