A possibilidade de retorno do horário de verão voltou a ser assunto nos últimos dias, mas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a medida segue apenas “em avaliação permanente” e não deve ser retomada neste ano.
De acordo com a pasta, o sistema elétrico brasileiro está em condições favoráveis para atender a demanda nacional até fevereiro de 2026.
Os reservatórios evoluíram dentro da normalidade no período seco, o que coloca o Sistema Interligado Nacional (SIN) em situação melhor que a do ano passado. A análise foi confirmada em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada no último dia 10 de setembro.
O horário de verão foi suspenso em 2019, no governo Bolsonaro, após estudos mostrarem que a medida deixou de trazer ganhos significativos de economia de energia. Isso porque os hábitos da população mudaram e o pico de consumo passou a ocorrer no período da tarde, impulsionado principalmente pelo uso de ar-condicionado e equipamentos de refrigeração — e não mais no início da noite, quando a política ajudava a aliviar o sistema.
Como funcionava o horário de verão?
O horário de verão, criado pelo Decreto nº 6.558/2008 e modificado em 2017, determinava que os relógios fossem adiantados em uma hora entre o primeiro domingo de novembro e o terceiro domingo de fevereiro. Em anos em que o encerramento coincidia com o Carnaval, o prazo era estendido.
A medida valia para os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal. Já as regiões Norte e Nordeste ficavam de fora por apresentarem pouca variação de luminosidade.
Entre os países tropicais, o Brasil foi uma das poucas nações a adotar o horário de verão. Atualmente, a prática ainda é aplicada em países como Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Paraguai.