Quatro meses após a confirmação de 42 casos de tuberculose em presídios de Juiz de Fora, o sistema prisional da cidade segue enfrentando um surto de tuberculose. De acordo com nova atualização da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), atualmente 28 detentos permanecem em tratamento contra a tuberculose nas unidades prisionais locais.
“Os presos com tuberculose estão recebendo o tratamento de acordo com os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde”, informou a Sejusp em nota encaminhada ao Folha JF.
A situação tem preocupado autoridades da saúde e da segurança pública, uma vez que a tuberculose é uma doença infecciosa transmitida pelo ar, principalmente em ambientes fechados e mal ventilados — como os presídios.
“Muitas pessoas de fora, como os policiais penais, fornecedores e pessoas que trabalham nos presídios, acabam expostas a essa doença”, alerta um servidor que preferiu não se identificar.
A circulação de profissionais entre os detentos e o ambiente externo levanta temores sobre possíveis casos fora dos muros das unidades.
Sejusp diz que surto de tuberculose está sendo combatido
A Sejusp informou que, além do tratamento médico dos internos contaminados, está promovendo ações de contenção e prevenção, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde e a rede municipal. Isso inclui a disponibilização de testes para identificar precocemente novos casos, inclusive por meio de busca ativa de sintomáticos.
“O protocolo de controle da tuberculose do Ministério da Saúde também está sendo aplicado”, garantiu a pasta.
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da tuberculose pode levar de 6 a 9 meses, e sua interrupção ou abandono pode gerar casos resistentes aos medicamentos. Por isso, manter o controle no ambiente prisional é considerado um desafio constante.
Surto de tuberculose ocorre desde o começo do ano nos presídios de JF
O alerta para o surto de tuberculose começou ainda em fevereiro, quando veio à tona a informação de que 42 detentos estavam contaminados com tuberculose nas unidades prisionais de Juiz de Fora. Desde então, o número de casos ativos caiu para 28, mas não houve erradicação total da doença nas celas.