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09/04/2025
Matheus Brum
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Sistema Pronto da PJF gera apreensão com possibilidade de perda de dados dos pacientes SUS

Sistema “Pronto” substituirá o e-SUS a partir do dia 11, com investimento de R$ 6 milhões. Ministério Público e CRM apuram riscos na migração de informações
Sistema Pronto tem gerado preocupação entre especialistas na área da saúde em JF
Sistema Pronto tem gerado preocupação entre especialistas na área da saúde em JF

A partir do dia 11 de abril, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) iniciará oficialmente o uso do novo sistema de gestão em saúde pública chamado de Sistema Pronto, voltado às unidades básicas de saúde (UBSs) do município. Com investimento de R$ 6 milhões, o objetivo da administração municipal é tornar o atendimento do SUS mais tecnológico, ágil e acessível.

No entanto, a substituição do atual sistema gratuito fornecido pelo Ministério da Saúde, o e-SUS APS, por um modelo privado tem gerado preocupação entre profissionais de saúde e motivado investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Conselho Regional de Medicina (CRM).

Segundo denúncias recebidas pelos órgãos, há temores quanto à possível perda de dados de pacientes durante a migração entre os sistemas. Além disso, como o Sistema Pronto não está vinculado diretamente ao Ministério da Saúde, surgem preocupações sobre o acesso a prontuários médicos por profissionais de outras cidades, caso um juiz-forano precise de atendimento fora do município.

Em nota, o Ministério Público informou que instaurou procedimento para averiguar os aspectos envolvidos na transição e que “enviou ofício para a PJF com questionamentos para saber se não haverá perda de informações”.

O CRM também acompanha de perto a mudança para o Sistema Pronto. De acordo com o conselho, “foram realizadas duas visitas técnicas a UBSs, e o relatório já foi encaminhado à Prefeitura de Juiz de Fora”. A entidade aguarda resposta do Executivo municipal para avaliar a segurança e funcionalidade do novo sistema.

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PJF defende Sistema Pronto e diz que não haverá perda de dados

A Prefeitura de Juiz de Fora, por sua vez, afirma que o Sistema Pronto representa “a modernização da gestão em saúde”, com funcionalidades integradas que vão desde o agendamento de consultas e prontuário eletrônico até a gestão de farmácia e outros serviços oferecidos pelo SUS.

Segundo a nota oficial enviada pela PJF, “a migração de dados está sendo supervisionada, sem risco de perda de informações”. A administração municipal ainda destaca que “há backup em nuvem, conforme normas do Ministério da Saúde” e que “a estrutura do sistema é integrada com a Rede Nacional de Dados em Saúde”.

Entre os pontos positivos apontados pela Prefeitura está a agilidade no atendimento e maior rastreabilidade das ações de saúde, com foco em resultados mais eficientes para o cidadão usuário do SUS em Juiz de Fora.

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