A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) enviou à Câmara Municipal a proposta de orçamento de Juiz de Fora para o ano de 2026, com receita estimada em R$ 4,7 bilhões. O valor representa um crescimento de 14% em relação ao orçamento de 2025, que previa R$ 4,2 bilhões em receitas.
De acordo com o texto encaminhado ao Legislativo, o orçamento prevê R$ 2 bilhões para manutenção da máquina pública, R$ 2,5 bilhões destinados à Seguridade Social (como saúde, previdência e assistência) e R$ 180 milhões voltados a investimentos diretos.
A administração municipal também projeta déficit zero, ou seja, pretende gastar exatamente o que arrecadar, sem gerar desequilíbrio nas contas públicas.
Aumento do orçamento de Juiz de Fora puxado por impostos e transferências
Segundo o Executivo, o aumento de 14% na receita é resultado de três fatores principais:
- crescimento na arrecadação de impostos municipais;
- maior repasse de verbas da União e do Governo de Minas Gerais;
- e novas operações de crédito autorizadas.
O texto ainda será analisado pelas comissões da Câmara, e a previsão é que as discussões sobre o orçamento comecem em novembro.
Emendas parlamentares e surpresas na receita
Cada um dos 23 vereadores de Juiz de Fora terá R$ 2,3 milhões em emendas impositivas, totalizando R$ 53,6 milhões. Essas emendas são de execução obrigatória pelo Executivo e permitem aos parlamentares destinar recursos a obras, projetos e ações específicas da cidade.
Alguns vereadores relataram surpresa com o crescimento da receita estimada, já que havia expectativa de déficit para 2026. Levantamento recente do jornal Concreto apontou que, até agosto deste ano, o município havia arrecadado quase R$ 500 milhões a menos que o previsto.
Próximos passos
Com o envio do projeto à Câmara, o orçamento passará por audiências públicas e votações em duas etapas — uma de discussão e outra de aprovação final. Após a votação, a prefeita Margarida Salomão (PT) deverá sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.