A noite de domingo (13) terminou de forma trágica no bairro Costa Carvalho, em Juiz de Fora. Um incêndio destruiu um prédio comercial localizado na tradicional Avenida Sete de Setembro e deixou uma vítima fatal: um homem, ainda não identificado, que estava dormindo no local no momento da tragédia.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas começaram por volta das 20h50 e rapidamente se espalharam pelo imóvel de dois andares, que abrigava ao menos quatro lojas. Uma dessas lojas funcionava como uma sapataria e foi justamente ali, em meio aos escombros carbonizados, que os bombeiros encontraram o corpo da vítima.
Ainda não se sabe como o incêndio começou, mas o que se sabe é que o fogo consumiu tudo com velocidade e intensidade. A cena era de destruição: telhados desabados, paredes chamuscadas e o cheiro forte da fumaça ainda pairando no ar horas depois das chamas serem controladas. Os bombeiros agiram rapidamente, mas quando conseguiram acesso à sapataria, já era tarde demais.
A Defesa Civil esteve no local e interditou todo o prédio por risco de desabamento. Uma nova vistoria foi marcada para esta segunda-feira (14) para avaliar com mais precisão a estrutura comprometida. Os proprietários dos comércios foram orientados a não entrarem no local até que a segurança seja confirmada.
Moradores da Avenida Sete conheciam homem que trabalha no local
Nas redondezas da Avenida Sete, o clima era de silêncio e consternação. Moradores e comerciantes da Avenida Sete, acostumados com a rotina agitada da via, estavam visivelmente abalados. Muitos conheciam o homem que dormia na loja — uma figura discreta, que não incomodava ninguém e que, segundo relatos, usava o espaço como abrigo durante as noites.
“Ele estava sempre por ali, respeitoso. A gente nunca imagina que isso poderia acontecer”, comentou uma moradora da região, ao Folha JF. emocionada. A tragédia escancarou, mais uma vez, a dura realidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, que muitas vezes encontram refúgio onde podem, mesmo sem as mínimas condições de segurança.
A Polícia Civil esteve na Avenida Sete, e vai investigar as causas do incêndio. Por enquanto, o que resta é o luto e a espera por respostas. Enquanto isso, a comunidade local tenta se reorganizar e, mais do que isso, entender como, em questão de minutos, uma vida se apagou em meio às chamas de um domingo qualquer.