A 3ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora condenou nove pessoas acusadas de envolvimento em um complexo esquema corrupção no sistema prisional de Juiz de Fora. O caso está em segredo de justiça, mas o Folha JF teve acesso a algumas informações da sentença. Além da corrupção, também foi constatado um esquema de tráfico de drogas e formação de organização criminosa dentro da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires.
A líder deste esquema era uma técnica de enfermagem, que foi condenada a 22 anos de prisão e a perda do cargo público. Segundo a sentença, ela foi condenada por tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, corrupção passiva e uso de documento falso. A pena total é de 22 anos de prisão em regime fechado, além da perda do cargo público e o confisco de bens no valor de R$875 mil. Ao todo, a técnica de enfermagem teria movimentado mais de R$ 1 milhão com os atos ilícitos.
Além da técnica de enfermagem, outras 8 pessoas – detentos e familiares de presos – foram condenadas, com penas que variam de 3 a 12 anos de prisão.
Operação Tabernus investiga corrupção no sistema prisional em Juiz de Fora
A sentença tem como base uma investigação do Ministério Público, através da Operação Tabernus, que tem como objetivo investigar corrupção no sistema prisional em Juiz de Fora e região.
Durante a investigação ficou comprovado que a técnica de enfermagem levava celulares, carregadores, entorpecentes, anabolizantes e viagra para dentro da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Após a entrada do material, detentos que trabalhavam como faxineiros distribuiam os itens nas celas. A técnica de enfermagem também emitia atestados médicos falsos.
Por estar em segredo de justiça, o nome dos condenados não foi divulgado. A Operação Tabernus segue em andamento.