O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, nesta terça-feira (04/11), a segunda fase da operação Fernão de Noronha, que apura um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Juiz de Fora. A ação, realizada pelo Caoet e pelo Gaeco Zona da Mata, cumpriu seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal da cidade.
De acordo com o MPMG, os envolvidos utilizavam o Posto Central, na Avenida Francisco Bernardino, para sonegar ICMS e desviar recursos desde 2008. O prejuízo causado ao Estado ultrapassa R$ 63 milhões. Os suspeitos, pertencentes a uma mesma família, também investiram o dinheiro ilícito em empresas de transporte, logística e imóveis.
Justiça também bloqueou veículos e imóveis ligados ao Posto Central
Além das prisões, foram determinadas o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de 26 veículos e sete imóveis ligados ao grupo. O objetivo é garantir o ressarcimento ao erário público. As investigações apontam que a organização mantinha uma estrutura complexa de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Na primeira fase da operação, em 2021, os investigadores já haviam descoberto movimentações financeiras em espécie incompatíveis com o faturamento do grupo e garagens clandestinas com combustível armazenado de forma irregular, levantando suspeitas de adulteração e receptação de combustíveis furtados.
O Folha JF não teve acesso à defesa do Posto Central e nem aos presos desta Operação. O espaço está em aberto para cada um.