Acontece nesta terça-feira (24/06) o júri popular do empresário Pedro Araújo Cunha Parreiras, acusado de assassinar a esposa, Marina Gonçalves da Cunha, em 21 de maio de 2018, em Juiz de Fora. O crime, que chocou a cidade, é julgado como feminicídio qualificado, e o réu permanece preso desde então.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Marina queria o divórcio. Durante uma discussão no apartamento do casal, o empresário agrediu e asfixiou Marina até a morte, por estrangulamento.
Após o crime, segundo o MP, Pedro limpou o apartamento, retirou a aliança da vítima e lavou as roupas dela, numa tentativa de ocultar vestígios do assassinato. As investigações apontam que, logo depois, ele foi a um supermercado fazer compras, como se nada tivesse ocorrido.
Pedro ocultou corpo de Marina Gonçalves da Cunha próximo do Parque da Lajinha
De volta ao prédio, Pedro utilizou um carrinho de transporte do condomínio para subir as compras. Minutos mais tarde, ele desceu novamente com o mesmo carrinho, que estava cheio de sacolas plásticas, mas, na verdade, carregava o corpo de Marina enrolado em um edredom e escondido sob as sacolas, de acordo com o Ministério Público.
O empresário levou o corpo até um terreno abandonado, próximo ao Parque da Lajinha, onde, além de abandonar o cadáver, jogou um produto químico para desfigurar o rosto da vítima, segundo consta na denúncia.
Na volta para casa, ele ainda entregou o edredom, usado para transportar o corpo, para uma pessoa em situação de rua, na tentativa de eliminar mais uma prova do crime.
O corpo de Marina foi encontrado apenas dez dias após o feminicídio, quando a polícia conseguiu localizar o local onde ele foi deixado.
Confissão e prisão
Na época, Pedro Araújo confessou o crime e está preso desde então. Depois de diversos recursos e tramitações na Justiça, o julgamento acontece agora, mais de seis anos após o assassinato.
O Folha JF acompanha o caso e trará o resultado do julgamento assim que ele for definido.