Trabalhadores do SAMU-JF não descartam paralisação por causa do reajuste salarial oferecido por meio do Cisdeste, que opera o serviço na cidade e região. O Folha JF apurou que os profissionais estão insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial apresentada pela entidade. A proposta inclui um aumento de 6,13% nos salários — sendo 5,06% referente ao IPCA de 2024 e 1,07% de um acordo firmado no ano passado — e um acréscimo de apenas R$ 1,50 no vale alimentação, que passaria de R$ 26,50 para R$ 28.
O valor proposto tem gerado revolta entre os trabalhadores e trabalhadoras do consórcio. Segundo apuração da reportagem, o percentual de 1,07% acordado em 2023 não vinha sendo pago e só começaria a ser depositado agora, caso a convenção coletiva de 2025 seja aprovada.
A crítica principal da categoria é de que o reajuste não representa ganho real e está longe de acompanhar o custo de vida e as exigências da função. Além disso, o valor do vale alimentação foi considerado irrisório pelos profissionais.
Em resposta ao Folha JF, o Cisdeste informou, em nota, que aguarda uma resposta oficial do sindicato da categoria sobre a proposta apresentada e reafirmou que irá pagar os 1,07% acordados no ano passado. A entidade, porém, condiciona esse pagamento à inclusão da porcentagem na nova convenção coletiva.
Trabalhadores do SAMU-JF não descartam paralisação
O Sindisaúde, sindicato que representa os trabalhadores da saúde, ainda não respondeu oficialmente à proposta e também não atendeu aos pedidos de entrevista da reportagem até o fechamento deste texto.
Enquanto aguardam uma resposta da entidade sindical, os profissionais do Samu não descartam a possibilidade de paralisação. A categoria exige uma revisão na proposta salarial, especialmente no que se refere ao valor do vale alimentação e ao reconhecimento da carga e responsabilidade dos serviços prestados à população.