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PJF libera venda de placas de táxi, às vésperas de medida se tornar inconstitucional

Decreto permite transferência de permissões, mas decisão do STF tornará medida inconstitucional a partir de abril
PJF liberou Venda de placas de táxi na cidade, algo que era proibido desde 2014
PJF liberou venda de placas de táxi na cidade, algo que era proibido desde 2014 (Foto: Divulgação / Câmara Municipal de Juiz de Fora)

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) publicou um decreto permitindo a transferência de placas de táxi para herdeiros ou terceiros, reabrindo a possibilidade de compra e venda de placas de táxi na cidade. A medida, porém, vai contra um parecer da própria Procuradoria do Município, emitido em 2021, que declarou a transferência inconstitucional.

Na época, o procurador-geral do Município Marcus Motta – que segue no cargo até hoje – informou que a transferência de placas “notadamente trata-se de um dispositivo de lei inconstitucional”. E ressaltou que a Lei Orgânica do município proíbe essa prática desde 2014.

O artigo 1º do decreto da prefeita Margarida Salomão (PT) ver que “este Decreto regulamenta o procedimento para a transferência da permissão concedida para prestação dos serviços de transporte por táxi ao Permissionário, Pessoa Física, aos seus sucessores legítimos ou a terceiros”. Leia o decreto na íntegra.

A PJF justificou a decisão afirmando que a mudança “assegurará a transferência de forma transparente, melhorando o serviço de táxi na cidade”. No entanto, não respondeu por que mudou seu entendimento em relação à inconstitucionalidade da medida.

Decisão por decreto e reações contrárias

Inicialmente, o governo municipal tentou aprovar uma lei proposta pelo vereador Pardal para permitir a transferência das placas, mas desistiu da tramitação temendo uma rejeição na Câmara Municipal. Diante disso, optou por regulamentar a questão via decreto da prefeita Margarida Salomão.

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A medida gerou forte reação entre parlamentares. Alguns vereadores criticaram a decisão, classificando-a como um “liberou geral” para a compra e venda de placas de táxi.

Segundo apuração do Folha JF, O vereador Maurício Delgado (Rede) anunciou que levará o caso ao Ministério Público na próxima semana, solicitando que o órgão ingresse com uma ação na Justiça para suspender as transferências por meio de uma liminar.

Venda de placas de táxi foi considerada inconstitucional

O impasse ocorre porque, em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a transferência de permissões de táxi, mas concedeu um prazo para que municípios que ainda autorizam a prática se adequassem. A partir de 20 de abril, a comercialização será considerada ilegal em todo o Brasil.

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